Conceição Trucom *
Por termos colocado 2 páginas sobre o poder do cobre na higienização de superfícies, principalmente hospitalares e grandes espaços de circulação pública, surgiu esta questão: o que você acha das panelas de cobre?
Daí fizemos as pesquisas abaixo, mas minha conclusão é:
Eu não usaria. Uso no corpo, mas jamais para o preparo de alimentos!!!
Principalmente porque uso muito limão nos meus preparos...
Então, vamos saber mais?
OMS Comisión del Codex Alimentarius. Julho 1991
“Panelas, utensílios e pratos devem estar limpos e em boas condições. Material inadequado como cobre, chumbo ou outros materiais tóxicos, não devem ser utilizados, pois esses metais reagem facilmente em contato com os alimentos, especialmente se estes forem ácidos e formarem compostos tóxicos”.
CODELCO (Corporação do Cobre do Chile)
O metal vermelho é conhecido por sua alta condutividade térmica, o que faz com que o calor da chama seja distribuído uniformemente na panela, sem pontos mais quentes do que outros. Assim, o alimento é cozido da mesma maneira, estando ele no fundo ou nas bordas superiores do recipiente. Além disso, as características do cobre permitem que o calor seja mantido por mais tempo, proporcionando um cozimento mais uniforme e uma economia de energia considerável.
Outros metais vêm ganhando popularidade dentro dos círculos gastronômicos, como aço inoxidável e alumínio por resistência ou facilidade de limpeza, embora suas características os façam reagir a alimentos ácidos, dando-lhes um sabor metálico e às vezes descolorindo-os.
O oposto acontece com o cobre: faz com que os vegetais mantenham suas cores, evitando o escurecimento. Além disso, graças às propriedades antibacterianas, as preparações de cobre são mais higiênicas.
Propriedades químicas do cobre
Na maioria de seus compostos, o cobre tem baixos estados de oxidação, sendo o mais comum + 2, embora também existam alguns com status de oxidação + 1.
Exposto ao ar, sua cor vermelho-salmão inicial torna-se vermelha violeta devido à formação de óxido cuproso (Cu2O), que posteriormente torna-se escurecido pela formação de óxido cúprico (CuO). A coloração azul de Cu+2 é devida à formação de íon [Cu (OH2) 6] +2,46.
Por muito tempo exposta ao ar úmido, forma uma camada pegajosa e impermeável de carbonato verde venenoso (carbonato cúprico).
A pátina também pode se formar, uma mistura venenosa de acetatos de cobre esverdeado ou azulado que se forma quando os óxidos de cobre reagem com ácido acético (vinagre) e é produzida em processos de fermentação acética.
Ao usar utensílios de cobre para cozinhar alimentos, é necessário tomar precauções para evitar o envenenamento por verdete, que, apesar do mau gosto, pode ser mascarado com molhos e condimentos e ingerido.
O ácido cítrico dissolve o óxido de cobre, sendo aplicado em superfícies limpas de cobre, polindo o metal e formando citrato de cobre.
Aspectos sanitários
A Organização Mundial da Saúde (OMS), em seu Guia para a qualidade da água potável, recomenda um nível máximo de 2 mg/litro. O mesmo valor foi adotado na União Europeia como um valor-limite para o cobre na água potável, enquanto nos Estados Unidos, a Agência de Proteção Ambiental estabeleceu um máximo de 1,3 mg/litro.
Toxicidade
Os mecanismos subjacentes aos efeitos do envenenamento por Cu em humanos não são bem conhecidos. O Cu é um metal de transição que, como o restante deste tipo de metal (exceto Zn), possui elétrons não emparelhados em seus orbitais externos. Por esse motivo, esses metais podem ser considerados radicais livres.
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* Conceição Trucom (Instagram: @conceicaotrucom) é química, pesquisadora, palestrante e escritora sobre temas voltados para alimentação natural, bem-estar e qualidade de vida. Possui 10 livros publicados, entre eles O Poder de Cura do Limão (Editora Planeta), com meio milhão de cópias vendidas, Mente e Cérebro Poderosos (Pensamento-Cultrix) e Alimentação Desintoxicante (Editora Planeta).
Reprodução permitida desde que mantida a integridade das informações e citadas a autora e a fonte: www.docelimao.com.br