Batatas Doces = Ipomoea batatas

Conceição Trucom 

batata-doce (Ipomoea batatas), também chamada batata-da-terrabatata-da-ilhajatica e jetica,[1] é uma planta da família das convolvuláceas, da ordem das Solanales (a mesma da batata, do tomate, das pimentas etc.). Originária dos Andes, se espalhou pelos trópicos e sub-trópicos de todo o mundo.

“Batata-doce” é uma referência ao gosto doce de seu tubérculo comestível. “Jetica” e “jatica” são oriundos do termo tupi para a planta,ye’tika.[2]

Classificação Científica:
REINO – Plantae
DIVISÃO – Magnoliophyta
CLASSE – Magnoliopsida
ORDEM – Solanales
FAMÍLIA – Convolvulaceae
GÊNERO – OPOMOEA
ESPÉCIE – I. batatas
NOME BINOMIAL – Ipomoea batatas (L.) Lam.

Possui diversas variedades cultiváveis, divididas em de mesa (ou de mercado) e forrageiras, ambas podendo ser encontradas nas cores externas amarela, branca e roxa. No entanto, a quantidade de variedades não se restringe a essas características — elas podem ser classificadas de acordo com o formato, tamanho, cor interna, doçura, precocidade, cor das folhas e até pela coloração das flores, entre outras.Hortaliça de raízes.

No Brasil existem quatro tipos de batata doce, que podemos chamar de mais populares, classificadas de acordo com a cor da polpa: batata-branca, também conhecida como angola ou terra-nova, que tem a polpa bem seca e não muito doce; a batata-amarela, parecida com a anterior, mas de sabor mais doce; a batata-roxa (que podemos classificar de PANC), com casca e polpa dessa cor, deveria ser a mais apreciada por seu sabor e aroma agradáveis, sendo ótima para o preparo de doces e pratos exóticos; e a batata-doce-avermelhada¸ conhecida no nordeste do Brasil como coração-magoado, tem casca parda e polpa amarela com veios roxos ou avermelhados.

No meu livro E se não houver alimento? (editora IRDIN), tem um capítulo sobre As Raízes e Batatas:

Alimento OCULTO, com qualidade energética vital e telúrica[3], que literalmente nos enraízam, por sua força mineral de nos fixar na terra, no corpo, na encarnação. São alimentos que no sutil nos dão força de base, de fundação, de povo da Terra.

Para os botânicos existem diferenciações entre raízes, batatas e tubérculos. Mas, para nós leigos é algo tão confuso que vamos limitar às raízes e batatas. No Peru, um país andino onde predomina uma população indígena, ainda se cultiva algo em torno de 3.000 variedades de batatas entre NATIVAS e derivadas. Sim, está nas mãos dos indígenas, do povo da Terra, a difícil preservação destas culturas autóctonas.

Pior no Brasil, que com a entrada da batata inglesa (na verdade o correto é falar batata portuguesa) e extermínio continuado do povo e da cultura indígena, nos perdemos da nossa cultura mãe, dos frutos ocultos na terra, da terra.

Tive a oportunidade de conhecer o livro ‘Dasa Uptabi – De volta às raízes’, feito pela PUMA[4]  exclusivamente para e pelos Xavante do Cerrado, no esforço de resgatar a cultura alimentar e o cultivo de 22 batatas nativas. Não nos foi dada autorização, pela própria tribo, para difundir este livro, até porque 1 destas 22 batatas já não foi mais encontrada. As demais, resultado de grande esforço para localizar as plantas-sementes, apesar de muitas terem respondido bem ao cultivo em viveiros, algumas ainda precisam de muita compreensão para sabermos se permanecerão na Terra.

Mas, é importante deixar este registro, para sabermos que existem sim batatas nativas no Brasil. Um bom exemplo é o cará, que embora afirmem sua origem ser africana, já era conhecido nas Américas quando os portugueses aqui chegaram.

Hortaliça de folhas

Além das batatas, as folhas e brotos da batata-doce são comestíveis após breve cozimento, saborosas e nutritivas, constituindo verdura de produção facílima e abundante. A batata-doce (Ipomoea batatas) é parente muito próxima de Ipomoea aquatica Forssk., verdura muito utilizada na Ásia e cultivada no Brasil por imigrantes japoneses.

Vamos às variedades Não Convencionais = PANC que cultivamos no Centro de estudos Doce Limão.

Aqui temos 2 variedades plantadas pelo quintaleiro Kleber Antonio: a VIOLETA e a GENEROSA. A VIOLETA, como o próprio nome indica é de cor rubra, tanto a casca como a polpa. Seu sabor é SUPREMO, principalmente após cozimento na pressão por uns 3-5 minutos. No vapor precisamos de mais tempo, algo como 15 minutos.

 



Servida somente cozida


Servida como base de canapés

A outra variedade que temos em nosso espaço é a GENEROSA, também chamada pelo Kleber Antonio de batata de folha por sua generosidade de folhas que gera durante o seu ciclo vital. A temos usado BASTANTE no preparo de nossos Sucos Verdes Selvagens…


Assista ao vídeo Quintal de PANC – parte 2 (somente para assinantes)

Referências e NOTAS

    1. FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.239
    1. FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.987
    1. Energia da Terra. Bem mineral.
    1. PUMA é uma Sociedade de Proteção e Utilização do Meio Ambiente, DASA UPTABI – De volta às raízes (Tribo Xavante), 2010, PUMA, Goiás/GO.
25 de setembro de 2019

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